segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Away...

Passo horas à janela do prédio caiado de negro.
Finjo contemplar a "paisagem". Os pássaros caiem mortos pelo tédio de viver. Não há pior castigo.
As canetas secas pela falta de uso; destapadas.
(Não sei que diga mais.)

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

O que me dizem, o que são, o que sou... Last Post





All Lies

If somebody asks me I will lie
I'm afraid of the truth
If somebody believes me, I'm safe
I'll cry in regret
My thoughts are deep-rooted in the durt
But my hands are clean
I'll shut up and look down to the ground
I'll tell myself all lies

Without smilling I'll scream
Without crying I'll forgive myself
Without yearning I'll waut
And I'm still hearing lies

And if I dream
I must regret
I must explain myself
And apologize
I've built a wall
And go undressed
I've built a wall
And got undressed

Without smilling I'll scream
Without crying I'll forgive myself
Without yearning I'll wait
And I'm still hearing lies

All, all lies, all, all lies

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Que saudades...

Oh Yeah, Fuck Yeah... Musica...





matei o desespero
sepultei-o ao lado da esperança
sentei-me com os olhos cansados
numa rocha ao inicio do mar
com um zumbido nos ouvidos
aguardo...
o fim dos tempos chegar


já acabava esta merda toda...

FODA-SE

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Memórias de outros tempos. Tempos em que valia a pena...





The seventh time, love sickness and desillusion
This head that won't listen to me, now
There's crumb of a dark night
Burning in your mouth
'Till I wake you...

It's three steps too far, this slammed door
Your damned bed, this white head, beside you
And there is blood in the stairs
So keep it nice, I'm broken

Between skin and sheets, skin and sheets
I won't disturb you anymore
Between two lights, I woke you up
The seventh time, I won't disturb you anymore
I won't disturb you anymore

The seventh time, love sickness and desillusion
This head that won't listen to me, now
There's crumb of a dark night
Burning in your mouth
'Till I wake you...

Between skin and sheets, skin and sheets
I won't disturb you anymore
Between two lights, I woke you up
The seventh time, I won't disturb you anymore
I won't disturb you anymore

The seventh time, the seventh time
I won't disturb you anymore
I won't disturb you anymore
I won't disturb you anymore
I won't disturb you anymore
More...

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

A sujidade por todo o lado. Alastra...




I stand corrected
Guess it just wasn't meant to be
I know I'm maladjusted
Crushed what's inside of me
I know of no remedy
I know not how to cease
This feeling of hate in me
I just want to see you bleed
I know what I want
I want to stop seeing red
I know what I want
I just want to see you dead
I don't want your explanation
I really couldn't care less
I've got my own reminder
This scar across my breast
You are a faker any way
Ever up for a quick release
Infect everyone around you
Cover up your own disease
I know what I want
I want to stop seeing red
I know what I want
I just want to see you dead

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Buga lá rir então...

Friday night is bath night this is what they say

We are gonna dig the groove, we've waited all day

We wear trendy trousers with belts a mile too long

We are gonna catch the bus into the town

We are boogie on down...

[Chorus:]

Dig that groove ba-a-by [repeat]

Dig dig dig dig digga that groove baby.

There they are again covered in Old Spice

They think they will get the girls causethey smell nice,

They all call me riff raff

'Coz I wear a Crombie

I couldn't stand it being just like them

they all look like puffs not men

[Chorus]

See that trendy there she used to be a punk

Now she's off to the disco to listen to junk

Her boyfriend was a skinhead

He used to shout Oi! Oi!

Play that funky music that's what they say now

Come with me and I'll show you how...

[Chorus]

sábado, 3 de outubro de 2009

I need a change of...

"The glove compartment isn't accurately named

And everybody knows it.

So i'm proposing a swift orderly change.

Cause behind its door there's nothing to keep my fingers warm

And all i find are souvenirs from better times

Before the gleam of your taillights fading east

To find yourself a better life.

I was searching for some legal document

As the rain beat down on the hood

When i stumbled upon pictures i tried to forget

And that's how this idea was drilled into my head

Cause it's too important

To stay the way it's been

There's no blame for how our love did slowly fade

And now that it's gone it's like it wasn't there at all

And here i rest where disappointment and regret collide

Lying awake at night

There's no blame for how our love did slowly fade

And now that it's gone it's like it wasn't there at all

And here i rest where disappointment and regret collide

Lying awake at night (up all night)

When i'm lying awake at night."

segunda-feira, 27 de julho de 2009

quinta-feira, 23 de julho de 2009

foda-se!




Epah assisti a um recital e tal em que, entre outros, foi "recitado" isto, e, se bem que as simples palavras deixem a desejar ao ímpeto teatral - à minha leitura - espectacular do miguel guilherme, e considerando que já é velhinho, mas ainda assim, vale a pena partilhar...:

texto de Miguel Esteves Cardoso:

""Já me estão a cansar... parem lá com a mania de que digo muitos palavrões, caralho! Gosto de palavrões! Como gosto de palavras em geral. Acho-os indispensáveis a quem tenha necessidade de dialogar... mas dialogar com carácter! O que se não deve é aplicar um bom palavrão fora do contexto, quando bem aplicado é como uma narrativa aberta, eu pessoalmente encaro-os na perspectiva literária! Quando se usam palavrões sem ser com o sentido concreto que têm, é como se estivéssemos a desinfectá-los, a torná-los decentes, a recuperá-los para o convívio familiar. Quando um palavrão é usado literalmente, é repugnante. Dizer "Tenho uma verruga no caralho" é inadmissível. No entanto, dizer que a nova decoração adoptada para a CBR 900' não lembra ao "caralho", não mete nojo a ninguém. Cada vez que um palavrão é utilizado fora do seu contexto concreto e significado, é como se fosse reabilitado. Dar nova vida aos palavrões, libertando-os dos constrangimentos estritamente sexuais ou orgânicos que os sufocam, é simplesmente um exercício de libertação. Quando uma esferográfica não escreve num exame de Estruturas "ah a grande puta... não escreve!", desagrava-se a mulher que se prostitui. Em Portugal é muito raro usarem-se os palavrões literalmente. É saudável. Entre amigos, a exortação "Não sejas conas", significa que o parceiro pode não jogar um caralho de GT2. Nada tem a ver com o calão utilizado para "vulva", palavra horrenda, que se evita a todo o custo nas conversas diárias. Pessoalmente, gosto da expressão "É fodido..." dito com satisfação até parece que liberta a alma! Do mesmo modo, quando dizemos "Foda-se!", é raro que a entidade que nos provocou a imprecação seja passível de ser sexualmente assaltada. Por ex.: quando o Mário Transalpino "descia" os 8 andares para ir à garagem buscar a moto e verificava que se tinha esquecido de trazer as chaves... "Foda-se"!! não existe nada no vocabulário que dê tanta paz ao espírito como um tranquilo "Foda-se...!!". O léxico tem destas coisas, é erudito mas não liberta. Os palavrões supostamente menos pesados como "chiça" e "porra", escandalizam-me. São violentos. Enquanto um pai, ao não conseguir montar um avião da Lego para o filho, pode suspirar após três quartos de hora, "ai o caralho...", sem que daí venha grande mal à família, um chiça", sibilino e cheio, pode instalar o terror. Quando o mesmo pai, recém-chegado do Kit-Market ou do Aki, perde uma peça para a armação do estendal de roupa e se põe, de rabo para o ar, a perguntar "onde é que se meteu a puta da porca...?", está a dignificar tanto as putas como as porcas, como as que acumulam as duas qualidades. Se há palavras realmente repugnantes, são as decentes como "vagina", "prepúcio", "glande", "vulva" e "escroto". São palavrões precisamente porque são demasiadamente inequívocos... para dizer que uma localidade fica fora de mão, não se pode dizer que "fica na vagina da mãe" ou "no ânus de Judas". Todas as palavras eruditas soam mais porcas que as populares e dão menos jeito! Quem é que se atreve a propor expressões latinas como "fellatio" e "cunnilingus"? Tira a vontade a qualquer um! Da mesma maneira, "masturbação" é pesado e maçudo, prestando-se pouco ao diálogo, enquanto o equivalente popular "esgalhar um pessegueiro", com a ressonância inocente que tem, de um treta que se faz com o punho, é agradavelmente infantil. Os palavrões são palavras multifacetadas, muito mais prestáveis e jeitosas do que parecem. É preciso é imaginação na entoação que se lhes dá. Eu faço o que posso."



Eu, que sou de bem, digo... chiça! e faço um clap ao sinhore cardoso.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

gravity

it falls... suddenly, just falls
doesn't matter where to
it's just falling... down.
we snap our fingers
and calmly shake our heads
it will never has an end

how will it be if we hit the floor?
we can't stop from falling
we live to fall...
...we fall to live.

what is this love for poison?
(can I have a puff from you cig?)

domingo, 12 de julho de 2009

Slow Suicide

It’s the night life
That gets them off
So desperately they wait for
The excuse of love

We live like vampires
And we, we, we love like killers
We all die like infants
And we trust like mirrors

It’s the smoke and the drinks, and the smiles that it brings
It’s the pain and the sex disguised as innocence

Slow suicide, like it or not it’s what we do
Slow suicide, like it or not it’s what we do

It’s the love of guilt that forms the habit
Of being dramatically overdramatic

We live like vampires
And we, we, we love like killers
We all die like infants
And we trust like mirrors

It’s the smoke and the drinks and the smiles that it brings
It’s the pain and the sex disguised as innocence
It’s the smoke and the drinks and the smiles that it brings
(It's a desperate place for desperate people, to find their place before desperate heroes)
It’s the pain and the sex disguised as innocence
(It's a desperate place for desperate... and they sing)

Slow suicide, like it or not it’s what we do
Slow suicide, like it or not it’s what we do
Slow suicide, like it or not it’s what we do
Slow suicide, like it or not it’s what we do

The songs they sing are in the key of the illusion of pain and it's irony
In the midst of lust and dropping names, the drugs, they numb, and they keep us sane
The songs they sing are in the key of the illusion of pain and it's irony
In the midst of lust and dropping names, the drugs, they numb, and they keep us sane

Slow suicide, like it or not it’s what we do
Slow suicide, like it or not it’s what we do
Slow suicide, like it or not it’s what we do
Slow suicide, like it or not it’s what we do


Lyrics by: JamisonParker

o teu vazio viola-me.






- O Teu Vazio Arrefece-me. Entorpece-me. Enlouquece-me. -

O Quarto é escuro. As Paredes já foram brancas, em tempos. estão cheias de humidade, têm pintas pretas. há aranhas nos cantos que juntam ao tecto. Tem baratas.
A Porta é de madeira, tem uma pequena arcada na entrada que faz um breve túnel, é toda castanha, a meio interrompida por quatro pequenas Janelas cuja rara luz que dão apenas serve para anunciar a tua chegada, e tem um Puxador dos antigos, cujo barulho perturbador funciona como uma campainha estridente. já foi bonita, decerto.
Ao lado da porta está uma pequena Cadeira de madeira, que usas para sustentar a tua loucura e o teu egoísmo, enquanto observas a minha dor, quando te sentes só e vens procurar-me.
A Janela é das antigas, deve descobrir uma vista bonita, já não me lembro. agora está sempre fechada, com os estores corridos.
No meu lado esquerdo está uma Mesinha-de-Cabeceira, com um Candeeiro com folhinhos cor-de-rosa. já deve ter sido bonito, agora é sujo e só serve para me humilhares ainda mais. costumas acendê-lo para que te veja, gostas que te olhe, gostas de ferir os meus olhos com os teus e sentir a minha impotência face ao teu poder.


- O Teu Vazio Ecoa-me. Escoa-me. Magoa-me. -


Passo os dias com medo do crshh-click que anuncia a tua chegada. Não consigo dormir. Faço jogos mentais durante todo o dia para tentar esquecer o terror que me corre nas veias. Quando é que vais chegar outra vez? De que forma me vais matar desta vez? crshh-click, esse som que me ensurdece - chegas tu e contigo as minhas lágrimas. brotam compulsivamente, como trigo. Sei que isso só te dá ainda mais prazer.


- O Teu Vazio Dói-me. Mói-me. Destrói-me. -


Entras com um sorriso de satisfação, vais manjar.

O meu corpo abandonado ao teu olhar esfomeado. envergonhado, descoberto, com frio, sujo.
As cordas magoam-me tanto as extremidades... o meu tornozelo direito sangra há dias. Tu sabes, gostas de me ver sangrar.

Ficas um bom tempo a olhar-me, sempre, sempre que vens, qual oração de agradecimento - gostas de me ver chorar. Há um quê de terno no teu olhar.
E, de súbito...
Avanças para mim como um animal em fúria.
Rasgas-me com violência.
Grito com força, de dor. O lençol ensopado com o meu Choro e o meu Sangue.


- estás a gostar, eu sei, sua cabra. diz que gostas!

- não! por favor pára! eu nunca te fiz mal!

- tu gostas sua puta, tu gostas! és igual às outras todas! tu mereces isto tudo!


choro, choro. Desisto de debater-me. choro, choro.

Acabaste, por fim, por hoje.
Limpas-te e atiras a toalha suja p´ra minha cara, viro a minha humilhação para que a consiga fazer cair, debato-me, não quero mais sentir-te em mim, nem que através de uma inocente peça azul seja. consigo, encaro-te, e descubro o teu arrependimento.

Pedes-me desculpa, pareces uma criança agora. Dizes que é para o meu bem, que gostas de mim, mas que não consegues evitar.
Choras também. Sei que Sofres também.
Compreendo (compreendo mesmo, lembro-me quando éramos felizes) o teu sofrimento, digo-te em soluços: deixa-me tentar ajudar-te... deixa-me sair daqui... quem sabe ainda te consigo amar também... pode voltar tudo a ser como era antes... quem sabe conseguimos... quem sabe...

Até Amanhã.
crshh-click, acabou por hoje.

choro, choro. Contorço-me com dores, não me consigo mexer. choro, choro.

Eu sei que não vais voltar amanhã.
Vais voltar só quando eu pensar que não vens mais, e que me vais deixar ali: Amarrada, a Sangrar, Esfomeada, Suja, Exausta, Fraca, numa Casa que já foi bonita e agora é Assustadora... a Morrer Sozinha com as Baratas.
Começas a convencer-me que realmente o mereço.


Sinto-me Só, quando Vais.
Porquê Eu?


- O Teu Vazio Esmaga-me. Penetra-me. Viola-me. -

- O Teu Vazio Mata-me. -


Será que quando eu, por fim, Morrer, vais Chorar?






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"A mágoa altera as estações e as horas de repouso, fazendo da noite dia e do dia noite." - William Shakespeare
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