Vou seguir a vossa linhagem , caros combatentes da saga geminiana, e mando-vos com uma letrita também, porque me apetece.

Esta é das complicadas, chama-se sra do monte, é de um tal senhor que dá pelo nome de Norberto Lobo
- não sei se já vos tinha falado nele... -
e... é... perfeita.
(Se a perfeição existe, está nesta letra. Se existe uma forma de explicar a minha pessoa, está nesta música. Lembro-me de mil quatrocentas e cinquenta e duas interpretações diferentes assim de repente, e sem qualquer efeito redutor deixo-vos apenas uma)
Como não consegui a letra exacta da coisa, deixo-vos aqui o que eu ouço:
" hoje acordei bem disposto, levantei-me, olhei pela janela e acendi um cigarro - a vida estava bonita, assim, vestida de azul amarelado. iam às compras, ali, que à da Joana é mais barato oh vizinha!
fumo e sorrio sozinho com a simplicidade gratuita que se me entra pela casa.
Boto a cabeça para trás e digo para mim, vais libertar o pensamento e aproveitar a calmaria da estranha boa disposição matinal.
e olho para cima de mim.
costuma haver muita coisa interessante à minha volta quando levanto a cabeça fora do limite do conforto.
e saem-se-me os pensamentos vagos.
à medida que o céu deixa de ser azul e amarelado, e o cigarro está quase no filtro, começam a tomar forma, a existir e a rasgar.
E aparece o ontem.
- arrepio-me sempre ao segundo 57, como se de uma história genuína de amor se tratasse, daquelas: em que genuinamente se sonha com o final feliz, em que genuinamente sorrimos aparvalhadamente, em que genuinamente se nos semi-cerram os olhos cujo brilho genuíno entorpece, e genuinamente sentimos o que genuinamente nos vai na alma que evade o genuino -
O ontem dura até aos 2:46. é o timing perfeito para deixar a marca, e se colar ao agora e ao depois, como se de ventosa indissociável se tratasse. já fez a sua egoísta aparição, e agora tudo o resto não interessa. só ele com os seus traumas, as suas tempestades e... a dureza injusta do que já passou.
só ele, só ele interessa, só ele guia, só ele contorna - o resto não faria sentido sem ele. e por mais perfeito que seja o seguinte, não deixa de ser uma continuação.
E depois... ei-la! a euforia da novidade!
E como tudo o que é bom, acaba rápido, para que não nos entusiasmemos e achemos que é sempre assim.
E depois ... 3:33... numa capicua perfeita vem a perfeição da esperança.
Vem O Depois.
Embala-me.
Diz-me baixinho, ao ouvido, que sim! que é possível! que podemos ser genuínos!
Salta-se-me logo o primeiro sorriso genuíno, e logo a seguir o rubor do que se me escapou: ai! - mas ele diz-me: pschiu, não cores, é uma perda de tempo... enquanto estás com medo, não estás a ser feliz.
Sorri-me e faz-me acreditar que é possivel superar os medos! que é possível levantar outra vez as casas que o vento derrubou! e dá-me vontade de pegar numa enxada e... começar já!
Olho à volta instintivamente para ver se há alguma a jeito, e cai-se-me automaticamente a cabeça para baixo, que já me doía o pescoço e nem dava conta.
Afinal a vizinha Maria e a outra (nunca sei o nome dela) ainda ali estavam, não tinha ainda ido à da Joana, ficaram a falar da do segundo esquerdo, continuam a transpirar simplicidade.
Já terminei o cigarro há séculos e nem dei conta.
Vou acender outro. (quero ouvir outra vez o ´57 e o 3´17)"
5:31 de viagem.
Uma montanha-russa de emoções que esta sacana desta música me provoca.
Seguramente que se, daqui a cinco minutos começasse a transbordá-la pelas teclas novamente, sairia diferente.
Cada vez que a ouço a sinto de forma diferente, e ao mesmo tempo, numa brutidade emocional tempestuosa e arrepiante.
Norberto Lobo... Magia!
Sra. do Monte.

Esta é das complicadas, chama-se sra do monte, é de um tal senhor que dá pelo nome de Norberto Lobo
- não sei se já vos tinha falado nele... -
e... é... perfeita.
(Se a perfeição existe, está nesta letra. Se existe uma forma de explicar a minha pessoa, está nesta música. Lembro-me de mil quatrocentas e cinquenta e duas interpretações diferentes assim de repente, e sem qualquer efeito redutor deixo-vos apenas uma)
Como não consegui a letra exacta da coisa, deixo-vos aqui o que eu ouço:
" hoje acordei bem disposto, levantei-me, olhei pela janela e acendi um cigarro - a vida estava bonita, assim, vestida de azul amarelado. iam às compras, ali, que à da Joana é mais barato oh vizinha!
fumo e sorrio sozinho com a simplicidade gratuita que se me entra pela casa.
Boto a cabeça para trás e digo para mim, vais libertar o pensamento e aproveitar a calmaria da estranha boa disposição matinal.
e olho para cima de mim.
costuma haver muita coisa interessante à minha volta quando levanto a cabeça fora do limite do conforto.
e saem-se-me os pensamentos vagos.
à medida que o céu deixa de ser azul e amarelado, e o cigarro está quase no filtro, começam a tomar forma, a existir e a rasgar.
E aparece o ontem.
- arrepio-me sempre ao segundo 57, como se de uma história genuína de amor se tratasse, daquelas: em que genuinamente se sonha com o final feliz, em que genuinamente sorrimos aparvalhadamente, em que genuinamente se nos semi-cerram os olhos cujo brilho genuíno entorpece, e genuinamente sentimos o que genuinamente nos vai na alma que evade o genuino -
O ontem dura até aos 2:46. é o timing perfeito para deixar a marca, e se colar ao agora e ao depois, como se de ventosa indissociável se tratasse. já fez a sua egoísta aparição, e agora tudo o resto não interessa. só ele com os seus traumas, as suas tempestades e... a dureza injusta do que já passou.
só ele, só ele interessa, só ele guia, só ele contorna - o resto não faria sentido sem ele. e por mais perfeito que seja o seguinte, não deixa de ser uma continuação.
E depois... ei-la! a euforia da novidade!
E como tudo o que é bom, acaba rápido, para que não nos entusiasmemos e achemos que é sempre assim.
E depois ... 3:33... numa capicua perfeita vem a perfeição da esperança.
Vem O Depois.
Embala-me.
Diz-me baixinho, ao ouvido, que sim! que é possível! que podemos ser genuínos!
Salta-se-me logo o primeiro sorriso genuíno, e logo a seguir o rubor do que se me escapou: ai! - mas ele diz-me: pschiu, não cores, é uma perda de tempo... enquanto estás com medo, não estás a ser feliz.
Sorri-me e faz-me acreditar que é possivel superar os medos! que é possível levantar outra vez as casas que o vento derrubou! e dá-me vontade de pegar numa enxada e... começar já!
Olho à volta instintivamente para ver se há alguma a jeito, e cai-se-me automaticamente a cabeça para baixo, que já me doía o pescoço e nem dava conta.
Afinal a vizinha Maria e a outra (nunca sei o nome dela) ainda ali estavam, não tinha ainda ido à da Joana, ficaram a falar da do segundo esquerdo, continuam a transpirar simplicidade.
Já terminei o cigarro há séculos e nem dei conta.
Vou acender outro. (quero ouvir outra vez o ´57 e o 3´17)"
5:31 de viagem.
Uma montanha-russa de emoções que esta sacana desta música me provoca.
Seguramente que se, daqui a cinco minutos começasse a transbordá-la pelas teclas novamente, sairia diferente.
Cada vez que a ouço a sinto de forma diferente, e ao mesmo tempo, numa brutidade emocional tempestuosa e arrepiante.
Norberto Lobo... Magia!
Sra. do Monte.
imaginação é que se quer :)
ResponderEliminarepah ouvir este senhor é abrir a mente à imaginação...
ResponderEliminarele só me dá as asas, eu trato de voar! ;)
sim, percebo. sinto isso com o tó. no outro dia escrevi um texto a ouvi-lo xD
ResponderEliminaré a saga da linda história de amor, e da noite de sexo violenta!
ResponderEliminarehehehehhh!!!!!